quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Realize

Está na altura de alterar o toque do telemóvel. Estava agora aqui a trabalhar quando Realize passou na rádio e me apercebi que por segundos mexeu aqui. Por breves segundos mexeu aqui dentro. Estupidez descabida, porque nada justifica que o faça. Ou talvez até exista. Muito tempo, muitas vivências, muitos sonhos, muitos sentimentos, muitos sorrisos... Um renascimento, uma descoberta de mim mesma, uma vida que desconhecia que existia... Mas já arrumei esse assunto há muito tempo, já virei a página, por isso agora não há volta a dar, página virada página esquecida! Ou então não, porque não sou capaz de apagar partes da minha vida, nunca fui, e acho que nunca serei. O que vivi, o que senti, o que sonhei, fica sempre gravado em mim, sempre... Ainda assim virei-te... Vamos escolher um toque novo? Uma nova bando sonora para a minha nova vida? :)

domingo, 26 de setembro de 2010

Dubass

...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

...

De um dia para o outro tudo muda.
Adormeces igual a ontem e a tantos outros dias, mas acordas e sentes que alguma coisa mudou dentro de ti, que alguma coisa nasceu.
Não entendes, não percebes, não queres perceber, não queres acreditar.
Afinal já lá vai tanto tempo que já não acreditavas. Já não sabias como era.
Tinhas fechado essa parte de ti. Tinhas decidido que nunca mais ninguem lá entraria. Estavas fechada e pronto. Estavas bem assim. Feliz com a vida. Serena. Em paz.
Mas a verdade é que a vida calma e serena não me faz verdadeiramente feliz. Nasci no amor, nasci para gostar, para amar, para querer bem e só assim me sinto completa. Não sou plenamente feliz sem estas borboletinhas na barriga a fazer cocegas. Sem este palpitar no coração que ás vezes parece que vai sair do peito e voar.
Nasci para voar, para ter asas e voar no amor. Para mergulhar na busca e conquista desse sentimento sempre que o batimento do meu coração acelera com a visão dele...
Um dia adormeces tu, e no outro dias acordas com um novo tu dentro de ti, um novo tu que já esta muito mais em ti do que tu poderias imaginar, e acordas feliz...

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O meu mês" :D

"Setembro 2010
Carta Dominante: XVII A Estrela
Setembro é um mês muito intenso e radioso para Virgem que colhe influencias invulgarmente positivas. O mês inicia-se de forma equilibrada e com todas as situações sob o controle destes nativos e vai evoluindo em crescendo fazendo com que o mês termine em beleza. Sentimentalmente este é sem duvida um mês emocionante. Virgem conseguirá viver os afectos com intensidade, dominando as situações afectivas e passará o mês sem dores nem mágoas.
Estes nativos estarão inspirados e capazes de entender a par e passo o que lhes é mais conveniente e saberão afastar-se ou aproximar-se nos tempos certos.
No campo profissional conseguirá alcançar resultados sólidos e meritórios que levarão a boas criticas e aplausos.
Este mês podem ocorrer evoluções ou promoções que vêm de encontro às suas expectativas.
A saúde não oferece grandes preocupações."
Vai ser assim o MEU mês, com a minha estrelinha sempre a brilhar para mim! Vou ser muito (mais) feliz! :D

quarta-feira, 10 de março de 2010

Was it that bad?!

Serious, was it that bad?

Dreams

Via Facebookius:
If life is divided in two parts then one part is definitely about living it and the other is about missing the moments lived...
What about dreams? Can I miss what I dream?
Será possível sentir falta do que apenas vivemos em sonhos? Poderão os nossos sonhos encherem-nos de vivencias de tal maneira que acabamos por sentir saudades? A verdade é que sinto falta do que apenas vivi em sonhos do que apenas senti em sonhos e do que apenas acreditei em sonhos

segunda-feira, 8 de março de 2010

A nossa (in)justiça

Hoje tive imensa vergonha de ser advogada, ou melhor advogada estágiária não vá alguem fazer participação de mim. Hoje tive vontade de me levantar e abanar o Juiz, de abanar a Procuradora, de abanar todo o Tribunal para ver se acordavam e viam o que estavam a fazer. Saí do julgamento com um nó no estomago, mal disposta, enjoada, sobretudo enojada e desiludida.
Estava em causa um crime de violência doméstica que, como toda a gente sabe, é a praga da nossa sociedade. Uma praga que a muito custo tem sido combatida, mas que ainda assim ainda afecta muitos homens e mulheres, seja ao nivel da violência fisica seja ao nível da violência psicológica. São muitos os casais, dos 18 (ou mesmo mais novos) ao 90 anos, que vivem diariamente a realidade da violência doméstica. Hoje calhou-me a mim defender um Homem acusado de praticar o crime violência doméstica. Meus queridos Colegas o processo agora é público pelo que não me vou inibir de falar nele, porque tenho que exprimir esta minha indignação.
O arguido em sede de inquérito havia prestado declarações como "Qual o Homem que nao bate na Mulher" ou "Se ela se atrasa a fazer o jantar é claro que apanha na tromba", entre muitas outras coisas tão sublimes quantos estas. Trata-se de um individuo que claramente vê estes maus tratos como sendo situações curriqueiras entre qualquer casal. Para este senhor bater na mulher, chamar-lhe nomes, ameaçá-la de morte, e deixá-la numa constante pressão psicológica não é mais do que a maneira correcta de se viver um casamento, afinal o pai dele ja tratava assim a sua mãe.
Tudo isto me choca imenso, mas o que me chocou ainda mais foi o que se passou em sede de julgamento.
Quando a ofendida, arrolada como testemunha, se apresentou para depor, foi, uma vez mais, vitima de uma enorme pressão psicológica. Não lhe bastava já toda a pressão que o seu adorado esposo lhe terá feito no sentido de ela nao depor, chegando ao Tribunal tem ainda que levar com o Sr. Juiz e a Srª Procuradora no sentido de não depor. Foram 20 minutos que me fizeram sentir vergonha de estar nesta profissão. Durante vinte minutos o Juiz e a Procuradora tentaram a todo o custo demover a Sr. de prestar depoimento. E mesmo quando a Sr. começava a relatar as várias agressões que havia sofrido era interrompida e questinada sobre se queria mesmo, mesmo, meeeesmo prestar depoimento.
Até consigo entender a posição do juiz, contudo entendo muito mais facilmente a posição da vitima que há dez anos é violentada pelo seu marido e que, por medo se tem sempre mantido calada.. até hoje.
A violência doméstica é um crime monstruoso, é um homicidio prolongado, porque cada vez que são violentadas fisica ou psicologicamente as vitimas morrem um pouco mais. E este criminoso foi hoje libertado sem qualquer tipo de censura por parte do Tribunal.
Devia estar satisfeita porque o meu arguido foi absolvido, mas não estou porque hoje naquela sala de Tribunal não se fez justiça.